São as Sete vibrações de Deus. Cada linha corresponde um ou mais Orixá, qual trabalha
sobre a influência desses pais e mães Orixás, os Guias e mentores, pretos velhos, caboclos,
baianos, malandros, crianças, marinheiros, ciganos, boiadeiros, exus, pomba giras e exu
mirins, etc.
Nossa sete linhas do Centro de Umbanda Luz de Oxum São.
1 – Oxalá
2 – Ogum
3 – Xangô
4 – Oxóssi
5 – Iansã
6 - Linha das Águas, Oxum, Iemanjá e Nanã Buruque
7 - Linha das Almas Omulu
ORIXÁS
OS ORIXÁS
Ori (cabeça) e Xá (guardião) são uma força viva da natureza. São princípios ativos,
espíritos evoluídos de um plano astral superior denominado ARUANDA, que na Terra,
representam as forças da natureza.
Os Orixás foram criados por Deus (Zambi, Olorum) para representar todos os seus
domínios aqui na Terra. Segundo a cultura religiosa afro-brasileira, Olorum criou os Orixás
e deu a cada um deles uma incumbência de domínio sobre o firmamento, a terra, o mar,
os rios, as cachoeiras, as montanhas, as florestas, os trovões e os raios, as folhas e os
frutos. Ao contrário das Entidades Espirituais que se incorporam nos Médiuns, os Orixás
são qualificados como Divindades da Natureza, atuando como Comandantes das Falanges
dos Espíritos de Luz que trabalham na Terra a serviço da espiritualidade. Os Orixás são
mistérios individualizados do Divino Criador, são Divindades, Tronos Sagrados distribuídos
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por toda a Sua criação. São manifestações das qualidades Divinas e por não terem vivido
na Terra, não incorporam nos médiuns.
Sete são as vibrações originais. Sete são as linhas da UMBANDA (Oxalá, Ogum,
Oxóssi, Iansã, Oxum e Iemanjá) que se desdobram em sete Orixás. Todas as divindades
irradiam a fé.
OXALÁ Representa a paz universal, o amor ao
próximo e o perdão eterno aos inimigos. A fé é o atributo principal de Oxalá. Seus filhos
usam guias de contas brancas e faixa na cintura branca. Seu símbolo é uma pombinha
branca que abre suas asas sobre a humanidade, lançando no coração de cada filho a
energia do amor, da união, e da fé. Nos pontos riscados é representado por uma estrela
de cinco pontas, pentagrama e o sol.
Seus metais são a prata e a platina.
Suas pedras são o diamante, cristal branco, cristal transparente a esmeralda, o
marfim.
Seus perfumes são o lírio, alfazema, colônia, cálamo aromático.
Sua oferenda é canjica branca cozida com caldo, que deve ser colocada em um
Cumbuca branco ou alguidar com pedaços de rosas; 7 velas brancas, frutas, coco verde,
mel e flores.
Os locais para as oferendas são bosques, campinas, praias limpas, jardins
floridos.
Rege o chacra coronário estando relacionado ao corpo mais superior do espírito, o
sétimo corpo espiritual, o corpo átmico, segundo o setenário espiritualista, suas vibrações
ocorrem na energia espiritual.
Suas cores são Branco.
Os filhos de Oxalá usam guias com contas brancas e faixa na
cintura branca.
Sua saudação na casa é Epá Babá.
Dia da semana sexta.
É homenageado em 25 de dezembro.
OGUM
É o Orixá das guerras, das batalhas, das demandas. É o Deus do ferro (ferreiros) da
guerra (militares) e da tecnologia (engenheiros). Comandante de um numeroso exército
que luta para defender os mais fracos e as injustiças sociais. Patrono das artes manuais,
cujos utensílios usados são de ferro.
Na mitologia africana, Ogum é um homem que deixa a casa de Oxalá para viver
aventuras da guerra, pelas quais se sentia bastante atraído. Casou-se com Iansã, passando
a habitar entre os homens, sempre envolvido com as grandes batalhas.
Ogum pode se manifestar em diversas modalidades, linhas e falanges, conforme o
ritual executado: da água, das almas, falanges cruzadas, da terra e da linha dos Caboclos:
Ogum Megê, Ogum Naruê, Ogum da Ronda, Ogum Sete Espadas, Ogum Beira Mar e
outros.
A oferenda para Ogum Amendoim torrado ou feijão fradinho cozido, sete pedaços
de melancia e 1 manga. As 7 velas vermelhas, cerveja branca, flores diversas como a
palma vermelha e cravos, depositados nos campos, caminhos, encruzilhadas.
Os banhos de Ogum variam de acordo com a necessidade do assistido (consulente)
e servem para descarrego, abre gira, desmanche de trabalhos e abertura de caminhos.
Suas cores são vermelhas e brancas.
Os filhos de Ogum usam guias com contas vermelhas
e brancas e faixa na cintura vermelha.
Rege o chacra laríngeo, esplênico e umbilical.
Sua saudação na casa é Patacorri Ogunhê.
Dia da semana: terça-feira.
É homenageado em 23 de abril.
OXÓSSI
É o Senhor das Matas das Falanges dos Caboclos, e comandantes dos índios e
boiadeiros. Amigo inseparável de Ogum é o Deus das matas e da lavoura, um grande
conhecedor da medicina natural. É o Orixá que traz o alimento da fé e do saber religioso
para os espíritos menos iluminados como também para os iluminados.
Oxóssi está na fé e no amor, pois nos estimula a conhecermos as coisas do amor,
aprendermos a amar o próximo e a nós mesmos. É o Guardião dos mistérios da natureza,
sendo vegetal de magnetismo irradiante e guardião dos segredos medicinais das folhas.
Sua principal cor é o verde, por ser o protetor das matas.
Os filhos de Oxóssi usam
guias de contas verdes e faixa verde na cintura.
Suas oferendas são, 3 espigas de milho cozidas, abacaxi, laranja, limão, mamão.
Velas brancas, verdes, cerveja Preta ou branca, flores do campo, tudo depositado em
bosques e matas. Seus banhos servem para proteção e prosperidade.
Rege o chacra cardíaco, esplênico e frontal.
Sua saudação na casa é Okê Arô.
Dia da semana: quinta-feira.
É homenageado em 20 de janeiro.
YEMANJÁ
É considerada o princípio de tudo no universo. Reina sobre todas as águas do mar
e suas areias. Está associada ao elemento feminino, à lua, às marés. Representa a
fecundidade, maternidade, ordenação e a emoção. Conhecida como Sereia do Mar e Mãe
D’água tem por todo o Brasil e pelo mundo milhões de adeptos que pedem por sua
proteção. Protetora de todos aqueles que trabalham no mar e dele tiram seu sustento.
É também a Deusa do Equilíbrio, da Ordem e da Maternidade. De temperamento
agitado, Yemanjá é igual às ondas do mar: às vezes é violenta, às vezes é tranqüila e doce
como a brisa do amanhecer.
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Suas oferendas são, canjica branca melancia, pétala de rosa branca, 7 velas azul
claras, calda de pêssego, manjar, arroz-doce e melão.
Suas cores são o azul claro e branco.
Seus filhos usam guias de contas de cor branca e azul
clara, faixa azul clara na cintura.
Rege o chacra frontal e básico.
Sua saudação na casa é Odocya.
Dia da semana: sábado.
É homenageada em 02 de fevereiro.
XANGÔ
Senhor da Justiça, é o Orixá da Pedreira, do Trovão. Protetor dos juízes, advogados,
burocratas, Xangô é justo com os justos e violento com os maus. Coordena toda a lei
kármica. O dirigente das almas, o Senhor da balança universal, aferindo nosso estado
espiritual.
Seus pontos cantados são sérias invocações de imagens fortes e nos levam sempre
aos seus sítios vibracionais como as montanhas, as pedreiras, e as cachoeiras. Xangô é a
força coesiva que dá sustentação a tudo. Ele está na natureza como o próprio equilíbrio.
Tanto na estrutura de um átomo quanto no Universo e em tudo que nele existe.
Xangô gosta de patrocinar grandes festas com muita comida e bebida. Para o
contexto umbandista, Xangô é morador no alto de uma colina, em uma pedreira. Ele
carrega o Livro Sagrado (as Escrituras) e as Sete Chaves da Sabedoria. Um leão feroz está
sempre ao lado de Xangô.
Suas cores são o branco, vermelho e o marrom. Seus filhos usam guias de contas
brancas e marrom e faixa marrom na cintura.
A oferenda de Xangô são 21 quiabos cozidos numa papa de farinha de mandioca
com azeite de dendê, 7 velas marrom, cerveja escura, flores diversas, tudo depositado em
uma cachoeira, montanha ou pedreira.
Seus banhos também variam de acordo com a necessidade dos assistidos
(consulentes) e servem para proteção, descarrego e justiça (defesa).
Suas cores são o branco, vermelho e o marrom.
Seus filhos usam guias de contas brancas
e marrom e faixa marrom na cintura.
Rege o chacra cardíaco e umbilical.
Sua saudação na casa é Kaô Kabecilê.
Dia da semana: quarta-feira.
É homenageado em 30 de setembro.
OXUM
É a Orixá da beleza. Deusa da fecundidade, do amor e do ouro. Considerada como
a protetora dos ourives. Rainha dos rios, lagos, cachoeiras, regatos e cacimbas. Mamãe
Oxum é a mãe adotiva de Obaluaiyê. É ela quem cuida dos pequeninos (Ibejis) no seu colo
ou na sua cama, nos rios que domina.
Irradiante da linha do amor atua na vida dos seres estimulando os sentimentos de
amor, fraternidade e união matrimonial. Favorece a conquista da riqueza espiritual e a
abundância material. Em determinadas culturas da mitologia, ela é considerada a filha de
Oxalá e Yemanjá. Pertencente à linha do Povo D’água, Mamãe Oxum é meiga e dócil, se
apresentando com espelho, leque e a espada.
Sua oferenda é canjica branca ou amarela com mel,, pétala de rosa, cravo e canela,
7 velas amarelas; flores lírio ou rosas, devem ser entregues às margens dos rios, lagos e
cachoeiras.
Suas cores são o amarelo dourado, rosa e azul claro.
Seus filhos usam guias de contas
amarelo claro ou escuro com faixa amarela na cintura.
Rege o chacra laríngeo, cardíaco e básico.
Sua saudação na casa é Orâ Yê Yê ô.
Dia da semana: sábado.
É homenageada em 8 de dezembro.
IANSÃ
É a Senhora guerreira representa o movimento, o fogo, comandante dos espiritos,
a necessidade de mudança e deslocamento. Representa a rapidez de raciocínio (o raio), a
coragem, lealdade, franqueza, transformações materiais, avanços tecnológicos e
intelectuais, a luta contra as injustiças.
Iansã tem na natureza o domínio sobre os ventos, furacões, tufões, raios, e as chuvas
torrenciais.
Domina na espiritualidade os eguns, espíritos que não alcançaram suas evoluções.
Suas oferendas são: 7 velas brancas laranja, 3 espigas de milho cozido com dendê, água
mineral, flores rosas e palmas laranjas ou amarelas, tudo depositado no campo aberto,
pedreiras, beira mar, cachoeiras.
Suas cores são o laranja.
Seus filhos usam guias de contas laranja com faixa latanjá na
cintura.
Rege o chacra laríngeo e umbilical.
Sua saudação na casa é Eparrey.
Dia da semana: quarta-feira.
É homenageada em 04 de dezembro.
OMULU/OBALUAÊ
É o Orixá que rege a morte e vida, o desencarne. O instante da passagem do plano
material para o plano espiritual. É o guardião divino dos espíritos caídos perante as leis
que dão sustentação a todas as manifestações da vida. Vida que é apenas um estágio no
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qual devemos adquirir compreensão para evoluir. Omulu/Obaluaê guarda para OLORUM
todos os espíritos que fraquejaram durante sua jornada carnal.
Com a morte, muda apenas a vibração, pois o plano de vida passa a ser o
espiritual. Omulu/Obaluaê é o fiel depositário do nosso corpo, quando o espírito se
desprende dele. É o Orixá da terra (essência telúrica), que nos guarda até que sejamos
chamados pelo nosso Senhor, OLORUM. De seu ponto de forças nos campos santos
(cemitérios), coordena todas as almas após o desencarne, de acordo com a Lei Maior,
mantendo-as no cemitério ou encaminhando-as ao Umbral, onde também é o regente.
Podemos orar a Omulu/Obaluaê para a cura de enfermidades.
A oferenda para Omulu são, 7 velas roxo escuro, água mineral; pipoca estourada
com azeite de dendê; rosas, margaridas e crisântemos. Tudo depositado no cruzeiro do
cemitério, à beira mar ou à beira de um lago.
Suas cores são o Roxa, seus filhos usam faixa de cor roxa.
Rege o chacra básico.
Sua saudação na casa é Atoto.
Dia da semana: segunda-feira.
É homenageado em 16 de agosto.
NANÃ BURUQUE
É a Orixá que rege a vida, momento do nosso nascimento ao plano
físico(terrestre). Mãe Nanã é a maleabilidade e a decantação, é a calma absoluta,
que se movimenta lenta e cadenciada. Essa calma exige silêncio; descarrega e
magnetiza o campo vibratório das pessoas, que se modificam, passando a agir com
mais ponderação, equilíbrio e maturidade.
Maturidade é sabedoria, é o desenvolvimento e o compartilhamento de virtudes, é
o uso da razão, com simplicidade, harmonia, equilíbrio, amor e Fé. Nanã é a guardiã das
águas profundas, rios e mares.
Nanã Buruquê tem uma dimensão formada por dois elementos, que são terra e
água. Ela envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui todos os
acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova
vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é
associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas
coisas que vivenciou na sua vida carnal. Assim, um dos campos de atuação de Nanã é a
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memória dos seres, adormecendo os conhecimentos do espírito para que eles não
interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação.
São suas oferendas: 7 velas lilás, batata doce roxa com calda de ameixa ou
de figo; melancia, uva, figo, ameixa e melão, tudo depositado à beira de um lago ou
mangue.
Suas guias de contas são nas cores lilás e branca com faixa lilás na cintura.
Suas cores são o Lilas, seus filhos usam faixa de cor lilás.
Rege o chacra esplênico.
Sua saudação na casa é Saluba.
Dia da semana: domingo.
É homenageada em 26 de julho
Salve os Orixás